domingo, 4 de maio de 2014

HOJE É: Dia da Mãe


HOJE É: Dia da Mãe

 

Hoje assinala-se o Dia da Mãe. Nada como este dia tão especial para iniciar uma nova rubrica que intitula-se “Hoje é”.

Neste dia tão especial venho fazer mais um Devaneio e Desabafo do que é este dia e o que significa para mim. Mas antes um pouco de história e significado da celebração deste dia.

Origem do Dia da Mãe

Na Grécia Antiga: Remonta às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

No Século XVII – Inglaterra celebrava-se no 4º Domingo de Quaresma um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães inglesas.

Nos Estados Unidos da América em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe ficou muito triste. As suas amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no primeiro domingo de Maio.

Em Portugal o Dia da Mãe é celebrado no primeiro Domingo do mês de Maio, sendo que, muitas vezes ouvi e oiço a minha mãe dizer que este chegou a ser celebrado a 8 de Dezembro (dia da Imaculada Conceição, Santa cujo nome foi dado á minha adorada mãe J Maria da Conceição), mas passou a ser celebrado no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Virgem Maria, mãe de Cristo.

A data serve para homenagear todas as mães e reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.

No Dia da Mãe, os filhos costumam oferecer presentes às suas mães e preparam surpresas para as mesmas, de forma a mostrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação destas. Ora a minha mãe sempre me disse que não queria presentes, bastava um beijinho meu... nunca percebi bem, afinal quem não gosta de presentes???!!!??? Não percebi-a, até que eu própria adquiri essa mesma condição e passei a entender perfeitamente...

A minha mãe ensinou-me e ensina-me tanta coisa. Uma das quais foi a cozinhar, sim, que apesar de ela dizer que não gosta muito, certo é que ninguém faz um coelho guisado nem um arroz-doce de lamber os beiços tão bom como a D. São, minha mãe. Porque mãe é isso mesmo, ensinar, amar, estar ali para nós em todas as alturas da nossa vida, dar colinho, amparar, lamber a cria... Confesso que já foram muitos os ensinamentos da minha mãe, e espero que sejam muitos mais na minha vida: ora como se devem tirar nódoas difíceis, as mesinhas caseiras e remédios para todas as maleitas (como o célebre xarope de cenoura com açúcar louro para a tosse), que para saber mandar é preciso saber fazer, entre outros tantos mais que povoam o meu dia a dia.

Ora este dia tornou-se ainda mais especial e com maior significado depois de eu ter adquirido esse estatuto vitalício de ser mãe! A partir dessa data me apercebi mesmo como é difícil ser mãe... recompensador, deveras gratificante, mas difícil... Apercebi-me de que é viver em constante dúvida (eu que era sempre tão cheia de certezas!), ansiosa, e com tanta coisa renunciada...

 
Ao ser mãe renunciei a roupa limpa (seja dele, seja minha!), renunciei a noites inteiras a dormir, a ter planos, a ter agenda, pois de repente vira tudo do avesso e em vez de estar a aproveitar o dia de hoje na praia como previsto acaba-se por ir para casa lavar o carro vomitado a meio da madrugada no percurso para a praia... renunciei ao bronze que me caracterizava (por falar em praia), renunciei ao tempo para ler, às saídas, ao estar sempre bem composta e penteada (impossível), renunciei a umas costas saudáveis (passei a ser o cavalinho de serviço J ), e tantas mais coisas que não sairíamos daqui...

 
Renunciei sim, mas lucrei bastante mais sem dúvida! Lucrei com a felicidade que se sente quando de braços abertos e a chamar mamã o piqueno corre para mim, me abraça, me beija e aninha-se no meu colo. Isso é sem dúvida o mais precioso que se pode levar desta vida! E aí esquece-se as renúncias e agradece-se a vinda daquele ser.

Quem me conhece sabe bem o quanto tenho medo de falhar, de não ser boa mãe, de não estar a fazer as coisas do modo correcto... mas alguém sabe o modo correcto? Não será o dar amor, afecto, carinho, compreensão, apoiar, ralhar quando preciso, amparar mas dar asas para voar? Não é isso o ser mãe?

E a vida muda? Então não muda! Muda pois, porque deixei de ser a pessoa singular, para passar a ser a “mãe de”, estatuto que me acompanhará até ao fim da minha vida. Porque ser mãe me “quebrou”, já não sou una e indivisível, sou dividida em 2 pedaços que juntos fazem um.

Porque a partir do momento em que se é mãe se começa a dar ainda mais valor á sua mãe, e se começa a perceber esse amor infinito da mãe que é mãe. Porque parir qualquer uma pode fazê-lo, mas ser mãe só está ao alcance de quem ama, cuida, protege e abraça.

Assim me ensinaste tu minha mãe, e assim espero corresponder às expectativas do que é ser mãe... Obrigada mãe!

Espero que possam passar um pouco deste dia com as vossas mães. Eu tenho a felicidade de ter a minha por perto, mas não se esqueçam que dia da mãe não é este, são todos! E o melhor presente para qualquer mãe? Por mim falo, é o abraço e o beijo do/a filho/a acreditem.


E obrigada meu filho, tal como te disse à 1 ano atrás: Meu filho, obrigada! Os tempos que temos passado não têm sido fáceis, cheios de altos e baixos, dúvidas, incertezas, receios e alguns sustos, mas juntos temos ultrapassado todos os contratempos. Olho para trás e vejo como todos os sacrifícios foram tão pequenos comparados com um mero sorriso teu! Sei que não sou a melhor mãe do mundo, que tenho muito que aprender, que sou chata, insegura, piegas, que vivo com o coração nas mãos, que choro, que muitas vezes não tenho paciência, que vivo numa constante corda bamba muitas vezes sem saber que caminho tomar, mas penso que isto mesmo é o ser mãe… 18 meses mas juntos já vivemos muito! És um lutador desde o início e espero estar sempre á tua altura. Ninguém disse como é difícil ser mãe, angustiante mesmo, deixar de ter certezas e passar a viver em permanente dúvida por querer o melhor para ti meu filho. O mundo virou do avesso, mas sem dúvida o avesso é o lado correcto deste nosso mundo. Obrigada meu filho por a pouco e pouco me ensinares a ser mãe!

Fiquem bem, e até já!

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