HOJE
É: Dia da Mãe
Hoje assinala-se o Dia da Mãe. Nada
como este dia tão especial para iniciar uma nova rubrica que intitula-se “Hoje
é”.
Neste dia tão especial venho fazer
mais um Devaneio e Desabafo do que é este dia e o que significa para mim. Mas antes
um pouco de história e significado da celebração deste dia.
Origem do Dia da Mãe
Na Grécia Antiga: Remonta
às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos
e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a
Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de
250 anos antes do nascimento de Cristo.
No Século XVII – Inglaterra celebrava-se no 4º Domingo de
Quaresma um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães
inglesas.
Nos Estados Unidos da América
em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe ficou muito triste. As suas
amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a
festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi
oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no
primeiro domingo de Maio.
Em Portugal o Dia da
Mãe é celebrado no primeiro Domingo do mês de Maio, sendo que, muitas vezes
ouvi e oiço a minha mãe dizer que este chegou a ser celebrado a 8 de Dezembro
(dia da Imaculada Conceição, Santa cujo nome foi dado á minha adorada mãe J Maria da Conceição), mas passou a
ser celebrado no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Virgem Maria, mãe de
Cristo.
A data serve para homenagear todas as
mães e reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.
No Dia da Mãe, os filhos costumam
oferecer presentes às suas mães e preparam surpresas para as mesmas, de forma a
mostrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação
destas. Ora a minha mãe sempre me disse que não queria presentes, bastava um
beijinho meu... nunca percebi bem, afinal quem não gosta de presentes???!!!???
Não percebi-a, até que eu própria adquiri essa mesma condição e passei a
entender perfeitamente...
A minha mãe ensinou-me e ensina-me
tanta coisa. Uma das quais foi a cozinhar, sim, que apesar de ela dizer que não
gosta muito, certo é que ninguém faz um coelho guisado nem um arroz-doce de
lamber os beiços tão bom como a D. São, minha mãe. Porque mãe é isso mesmo,
ensinar, amar, estar ali para nós em todas as alturas da nossa vida, dar
colinho, amparar, lamber a cria... Confesso que já foram muitos os ensinamentos
da minha mãe, e espero que sejam muitos mais na minha vida: ora como se devem
tirar nódoas difíceis, as mesinhas caseiras e remédios para todas as maleitas
(como o célebre xarope de cenoura com açúcar louro para a tosse), que para
saber mandar é preciso saber fazer, entre outros tantos mais que povoam o meu
dia a dia.
Ora este dia tornou-se ainda mais
especial e com maior significado depois de eu ter adquirido esse estatuto
vitalício de ser mãe! A partir dessa data me apercebi mesmo como é difícil ser
mãe... recompensador, deveras gratificante, mas difícil... Apercebi-me de que é
viver em constante dúvida (eu que era sempre tão cheia de certezas!), ansiosa,
e com tanta coisa renunciada...
Ao ser mãe renunciei a roupa limpa
(seja dele, seja minha!), renunciei a noites inteiras a dormir, a ter planos, a
ter agenda, pois de repente vira tudo do avesso e em vez de estar a aproveitar
o dia de hoje na praia como previsto acaba-se por ir para casa lavar o carro
vomitado a meio da madrugada no percurso para a praia... renunciei ao bronze
que me caracterizava (por falar em praia), renunciei ao tempo para ler, às
saídas, ao estar sempre bem composta e penteada (impossível), renunciei a umas
costas saudáveis (passei a ser o cavalinho de serviço J ), e tantas mais coisas que não sairíamos
daqui...
Renunciei sim, mas lucrei bastante
mais sem dúvida! Lucrei com a felicidade que se sente quando de braços abertos
e a chamar mamã o piqueno corre para mim, me abraça, me beija e aninha-se no
meu colo. Isso é sem dúvida o mais precioso que se pode levar desta vida! E aí esquece-se
as renúncias e agradece-se a vinda daquele ser.
Quem me conhece sabe bem o quanto
tenho medo de falhar, de não ser boa mãe, de não estar a fazer as coisas do
modo correcto... mas alguém sabe o modo correcto? Não será o dar amor, afecto,
carinho, compreensão, apoiar, ralhar quando preciso, amparar mas dar asas para
voar? Não é isso o ser mãe?
E a vida muda? Então não muda! Muda
pois, porque deixei de ser a pessoa singular, para passar a ser a “mãe de”,
estatuto que me acompanhará até ao fim da minha vida. Porque ser mãe me “quebrou”,
já não sou una e indivisível, sou dividida em 2 pedaços que juntos fazem um.
Porque a partir do momento em que se
é mãe se começa a dar ainda mais valor á sua mãe, e se começa a perceber esse
amor infinito da mãe que é mãe. Porque parir qualquer uma pode fazê-lo, mas ser
mãe só está ao alcance de quem ama, cuida, protege e abraça.
Assim me ensinaste tu minha mãe, e
assim espero corresponder às expectativas do que é ser mãe... Obrigada mãe!
Espero que possam passar um pouco
deste dia com as vossas mães. Eu tenho a felicidade de ter a minha por perto,
mas não se esqueçam que dia da mãe não é este, são todos! E o melhor presente
para qualquer mãe? Por mim falo, é o abraço e o beijo do/a filho/a acreditem.
E obrigada meu filho, tal como te
disse à 1 ano atrás: Meu
filho, obrigada! Os tempos que temos passado não têm sido fáceis, cheios de
altos e baixos, dúvidas, incertezas, receios e alguns sustos, mas juntos temos
ultrapassado todos os contratempos. Olho para trás e vejo como todos os
sacrifícios foram tão pequenos comparados com um mero sorriso teu! Sei que não
sou a melhor mãe do mundo, que tenho muito que aprender, que sou chata,
insegura, piegas, que vivo com o coração nas mãos, que choro, que muitas vezes
não tenho paciência, que vivo numa constante corda bamba muitas vezes sem saber
que caminho tomar, mas penso que isto mesmo é o ser mãe… 18 meses mas juntos já
vivemos muito! És um lutador desde o início e espero estar sempre á tua altura.
Ninguém disse como é difícil ser mãe, angustiante mesmo, deixar de ter certezas
e passar a viver em permanente dúvida por querer o melhor para ti meu filho. O
mundo virou do avesso, mas sem dúvida o avesso é o lado correcto deste nosso
mundo. Obrigada meu filho por a pouco e pouco me ensinares a ser mãe!
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