HOJE
É: Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto!
A 27 de janeiro de 1945 (há 70
anos atrás precisamente), os campos foram libertados pelas tropas soviéticas, o
Exército Vermelho, dia este que é comemorado hoje, a nível mundial como o Dia
Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, assim designado pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005,
durante a 42º sessão plenária da Organização.
Auschwitz é o nome de uma rede
de campos de concentração localizados no sul da Polónia operados pelo III Reich
nas áreas polacas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto
perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
A partir de 1940, o governo de Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio
nesta área. Tal baseou-se no facto de que as prisões em massa de judeus,
especialmente polacos, por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas
nazistas, excediam em grande número a capacidade das prisões convencionais até
então existentes.
Ele foi o maior dos campos de concentração
nazistas, consistindo em vários de
Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro administrativo do complexo);
Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45
campos satélites. 2 :50
Em 27 de abril de 1940,
Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos
alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente denominado
Auschwitz (ex-Oświęcim), fosse transformada em campos de concentração.
No complexo construído, Auschwitz II–Birkenau
foi designado por ele como campo de extermínio e o lugar para a Solução Final
dos judeus. Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, trens transportaram judeus
de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo.
Em 1947, a Polónia criou um
museu no local de Auschwitz I e II, que desde então recebeu a visita de mais de
30 milhões de pessoas de todo mundo, que já passaram sob o portão de ferro que
tem inscrito no seu cimo a célebre e infeliz frase "ARBEIT MACHT
FREI" (o trabalho liberta).
Em 2002, a UNESCO declarou oficialmente as
ruínas de Auschwitz-Birkenau como Património da Humanidade.
Hoje, no dia em que se celebram
os 70 anos, e numa das minhas visitas de fugida ao almoço para culturar,
adquiri o seguinte livro, que vou devorar certamente:
Aqui fica a Sinopse:
“«Um
companheiro de Auschwitz pergunta a Primo Levi por que motivo já não se
preocupa com a higiene. Ele responde simplesmente: “Para quê, se daqui a meia
hora estarei de novo a trabalhar com sacos de carvão?” É desse companheiro que
recebe a primeira e talvez principal lição de sobrevivência: “Lavarmo-nos é
reagir, é não deixar que nos reduzam a animais; é lutar para viver, para poder
contar, para testemunhar; é manter a última faculdade do ser humano: a
faculdade de negar o nosso consentimento”.»
A
capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por mais terrível que
fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se lutava para sobreviver apesar
de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz
é sinónimo do mal absoluto preconizado pelo nazismo. Foi ali que judeus e
ciganos serviram de cobaias às diabólicas experiências médicas, que acima de um
milhão de seres humanos foram gaseados e que mais de 200 mil homens, mulheres e
crianças morreram de fome, frio e doença, de exaustão e brutalidade, ou
simplesmente de solidão e desesperança. No entanto muitos presos resistiam à
total desumanização esforçando-se por manter alguma dignidade.
Cuidar
da higiene, ler, escrever, desenhar, ajudar alguém a sobreviver ou até a morrer
eram actos que atribuíam condição humana a quem parecia ter desistido de viver.
Esther Mucznik, autora dos livros "Grácia Nasi" e "Portugueses
no Holocausto", dá-nos a conhecer o dia-a-dia de Auschwitz através das
vozes daqueles que ali acabaram por perecer e dos seus carrascos, do
insuportável silêncio das crianças massacradas, das mulheres e homens
violentados em bárbaras experiências médicas, mas também através dos relatos
daqueles que sobreviveram para contar e manter viva a memória do horror da
máquina de morte nazi. Para que ninguém possa alguma vez esquecer…”
Só isto desperta o interesse e
a curiosidade não é? Em pulgas para o devorar… O Diário de Anne Frank?? Devorei-o,
e voltei a fazer, e voltei a fazer…
De salientar a importância
deste dia na história da nossa Humanidade, do encerrar de um capítulo negro,
soturno e tão triste na nossa história! Pena não puder ser apagado… Mas
interessa sempre relembrar, de modo a não se repetir o mesmo erro.
Esperemos que não, e
continuemos com fé na Humanidade...
Fiquem bem (na medida do
possível)! Até já….
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