domingo, 26 de julho de 2015

HOJE É: Dia dos Avós!

HOJE É: Dia dos Avós!



Este dia toca-me profundamente, tanto o é que confesso a dificuldade em escrever este post… Não porque não sei o que dizer, mas pelo contrário, o tanto que há para contar! Tanto e tanto que ficou por dizer e fazer… E este aperto no peito que corrói, e a lágrima que teima em escorrer pela face, mas já vamos por aí… Agora um pouco de história:

UM POUCO DE HISTÓRIA

No Brasil e em Portugal comemora-se em 26 de julho, tendo sido esta data escolhida em razão da comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Conta a história que, no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem batizaram de Maria.

Devido à sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Ana morreu quando Maria tinha apenas três anos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser mãe de seu filho Jesus Cristo.

São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avôs e avós.


Ora, os avós são o “estraga-crianças”! São o quê???!!?? Isso! Ou não são os avós que enchem os netos de mimos, que os deixam fazer tudo, que os enchem de presentes e afins?? De acordo com os mesmos os pais servem para dar educação e eles para dar o mimo… Ora, agora que sou mãe vejo o quanto isso é verdadeiro e difícil! Obrigada pais por não me terem deixado estragar com os mimos dos avós! Espero conseguir fazer o mesmo bom trabalho que vocês.

Infelizmente já não tenho os meus avós fisicamente comigo, mas acompanham-me no dia-a-dia, sempre presentes nas mais variadas e pequenas coisas da minha vida… Foram eles que me ensinaram algumas coisas que recordo com saudade imensa:

- O rapar bem o iogurte porque existe tanta gente com fome e nós não devemos desperdiçar a comida (obrigada avô Joaquim! Partiste cedo demais, fazes-me tanta falta, mas farei com que os teus ensinamentos perdurem através do meu piqueno garanto!), a jogar uma boa sueca e a aprender o valor das cartas (se não fosses tu como saberia que a melhor de todas é o Ás??);

- Com a minha “Xandrina” aprendi como se fazem os bolos de casamento (célebres ferraduras!), como se faz pão, a rezar a Santa Bárbara quando faz trovões, e tanto mas tanto que não acabava por aqui... ahhhhh, o mais importante: "Os homens são todos péssimos! O melhor está à porta do Inferno a vender vinagre!!” Não consigo deixar de gargalhar com a sabedoria da minha avó certeira! E se o meu avô era tão bom para todos…

- A minha “Fina” que me mimou tanto mas tanto com a paciência de me aturar nas férias grandes nos meses infindáveis de praia… Ai que saudades!! Aprendi a lidar com as pessoas, a mexer numa caixa registadora e a saber fazer trocos na sua mercearia… (e a ir sorrateiramente ás caixas de bolos :) ) que pachorra têm os avós!

O meu Zézinho, o resistente :) Foste o último a partir e tantos foram também os teus ensinamentos… Contigo aprendi que um dos maiores e melhores prazeres da vida é ler (grande ensinamento avô!), aprendi que muitas vezes o melhor é fazer ouvidos-moucos a certas e determinadas coisas… aprendi que para nós mulheres é mais difícil vingarmos nesta selva, pelo que para termos sucesso temos que trabalhar a dobrar… Aprendi também que tomamos estas coisas (pilula) durante muito tempo e depois shit happens… e tanto mais, mas tanto…


E as saudades apertam, e as recordações vão indo e vindo, e é nestas alturas que vamos pensando bem na vida! Confesso que o aperto no peito se prende essencialmente com o facto de querer ter mais tempo e não poder ter. O ver que quando crescemos deixamos de ter tempo, visitamos pouco, esquecemo-nos de pessoas tão essenciais na nossa vida, que quando nos apercebemos já é tarde demais… Apercebi-me… à muito… e agora é tarde demais… E as saudades apertam, e a vontade de voltar atrás no tempo e ganhar tempo cresce, e o sentimento de culpa também…


Andamos todos demasiado ocupados com coisas sem sentido muitas vezes… Quantas vezes com os meus próprios pais poderia e deveria estar mais tempo e não estou? Porque esta correria do dia-a-dia cansa, desgasta e nos tira o melhor que deveria de ser estar com os nossos, do nosso sangue, quem nos amou, criou, mimou, e que nos amam sem cobranças, mentiras ou interesses…

Ainda temos tanto que aprender…

Por enquanto somente digo: Até um dia avós, estejam onde estiverem… Sinto a vossa falta.

Fiquem bem. Até já…


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