Falar sobre isto não é fácil e, nesta
altura, dói que se farta. Falar sobre sentimentos tão grandes e transversais, é
complexo e requer muita sabedoria. Disso não serei capaz. Mas falar sobre a
amizade aos nossos amigos, deve ser mais fácil e entendível…espero...
Tive a ideia de categorizar os vários
tipos de amigos que (quase) sempre temos: os amigos da escola, os amigos de
infância, os amigos do trabalho, os amigos do coração, os amigos verdadeiros,
os sempre amigos, os amigos de ocasião, os amigos da onça (seja lá o que isto
quer dizer!), os amigos de uma determinada conjuntura…para já são destes que me
lembro, mas muitos mais haverá…
Depois
da época do natal e de uma altura em se apela aos mais elevados sentimentos de
solidariedade, união, família e amizade, conclui que afinal, feitas as contas,
contabilizadas as chamadas e mensagens que recebi, as pessoas que,
voluntariamente me procuraram, para desejar, simplesmente, "feliz
natal", "boas festas" ou
para me dizerem, tão só, "continuo a gostar de ti" , continuo a ter
MUITOS amigos!! Mas qual não foi o meu espanto quando percebi que o conjunto de
amigos que consegui "juntar" não era o mesmo grupo de amigos do ano
passado em época igual, ou de outros anos anteriores!!!..... e comecei a sentir
falta de A, B ou C, que fizeram silêncio há muito tempo e que, nem nesta
altura, tiveram uma palavra para mim!..
Penso que esta minha reflexão tem a
ver, afinal, com aqueles a que podemos chamar "amigos da conjuntura"
e não amigos da minha pessoa. Concluo, admito que, com alguma margem de erro,
que alguns desses amigos apreciavam o meu enquadramento (a todos os níveis,
devo dizer), mas não teriam especial sentimento/apreço pela pessoa que eu era e
sou, que não me admiravam, com todos os defeitos e qualidades que certamente
terei, que eu, por si só, não era suficiente e não represento qualquer valor
acrescido nas suas vidas. Duro, não?
Nesta fase, não espero pelo milagre
do "reconhecimento da amizade verdadeira", mas lamento pelos que
perdi porque, por sua vontade, me deixaram. Lamento, mas não vou chorar.
Lamento, mas não vou deixar que essa situação me entristeça mais. Lamento
porque não seria capaz desse tipo de atrocidade. No entanto, parece-me boa
opção acarinhar os que permaneceram (até agora muito poucos mas, pelos vistos,
muito bons) e os que nunca me deixaram e se mantêm vigilantes face ao bem-estar
e felicidade, mesmo que, aparentemente, distantes.
Como disse
no início, não é fácil falar destas coisas, nem tão pouco indolor, mas tinha de
o fazer, quem sabe numa espécie de catarse de emoções relacionadas com esse tão
vasto mundo da AMIZADE…Como sempre digo àqueles que considero meus amigos, eu
estarei sempre aqui, nem sempre te poderei, conseguirei ou deverei ajudar, mas
estarei presente, em pessoa, voz ou nas preces que por si, poderei fazer. E
mantenho essa afirmação. A todos os que conservo no coração, um feliz
2014!...Aos outros, também!...
O meu
obrigado especial no último semestre de 2013, às minhas AMIGAS sempre presentes
no meu dia-a-dia laboral, às que me acolheram, às que adivinharam os meus
estados de espírito, às que só comigo partilham os seus "demónios",
aos que estão longe, mas sempre têm uma palavra isenta, de conforto e de
esperança. A todos estes, obrigado pela AMIZADE (em forma de sentimento puro),
com que me presentearam. Não peço mais...
COM AMIZADE,
BY FEFA….
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