Com este frio que se faz sentir neste
Inverno que teima em não passar (Vem depressa calorzinho, sol, praia... que
falta fazem J ), existe uma coisa que me faz ficar bem quentinha...: CHÁ!!!
Viciada nesta bebida, durante toda a minha vida me tem acompanhado nos
períodos frios de Outono/Inverno.
Ideal para bebericar a qualquer hora
do dia, o chá (ou será tisana?) torna-se um aliado excelente nestas alturas em
que não apetece tanto beber os litros de água que é suposto para nos mantermos
hidratados. Assim, deve-se beber bastante chá, de preferência sem açúcar
ok??!!?? Simmmmm, posso não resistir a doces (quem me conhece sabe bem J), mas neste aspecto não descuro: chá
é sem açúcar!!!
Indispensável na minha dispensa (ora
espreitem lá), existem em tantas variedades, que se torna quase impossível não
existir pelo menos um sabor que se goste. Para mim? TODOS!! Ah, excepto
camomila...não sei porquê, mas esse não desce nem por nada... deve ser porque
dizem ser bom para acalmar os nervos, e eu stressada como sou/ando sempre, fui
ganhando uma certa antipatia pelo mesmo J . Certo é que sabe mesmo bem um
cházinho, especialmente aquele a meio da tarde, quando se faz uma pausa no
trabalho... O meu momento dividido quase sempre com a minha irmã, e que nos
retempera e nos faz recuperar força para continuar a trabalhar J.
Existem muitas lendas e mitos no que
respeita à origem do chá.
A mais conhecida conta que a sua
origem remonta desde há 5000 anos, na China, aquando do reinado do Imperador
Sheng Nong, um governante justo e competente, amante das artes e da ciência e
conhecido como o Curandeiro Divino. O Imperador, preocupado com as epidemias
que devastavam o Império do Meio, decretou um edital que exigia que todas as
pessoas fervessem a água antes de a consumirem.
Certo dia, quando o governador chinês
passeava pelos seus jardins, pediu aos seus servidores que lhe fervessem água,
enquanto descansava debaixo da sombra de uma árvore. Enquanto esperava que a
água arrefece-se, algumas folhas vindas de uns arbustos caíram dentro do seu
copo, atribuindo à água uma tonalidade acastanhada. O Imperador decidiu provar,
surpreendendo-se com o sabor agradável. A partir deste momento ficou adepto do
chá, induzindo o seu gosto ao seu povo.
Como cada lenda ou mito costuma ter
sempre alguma parte de verdade, esta não é excepção. É sabido que a origem do
chá remonta ao período imediatamente antes da ascensão da Dinastia T'ang ao
poder, entre os anos 618 e 906.
Esta Dinastia assistiu à difusão de
uma bebida feita pelos monges budistas. Esta bebida, vinda dos Himalaias, era
proveniente do arbusto do chá, de nome científico Camellia Sinensis, que
crescia em estado selvagem nesta cordilheira asiática.
Segundo os relatos do monge
budista japonês Ennin,
durante uma viagem ao Império do Meio, por volta do século IX, o chá já fazia
parte dos hábitos dos chineses. Na mesma época, um monge budista chinês, de
nome Lu Yu, escreveu o primeiro grande livro sobre chá, chamado Ch'a Ching,
onde são descritos os métodos de cultivo e preparação usados no Império.
Foi então que o chá começou a avançar
para o Ocidente, através da Ásia Central e da Rússia. No entanto, só quando os
portugueses chegaram ao Oriente, nos finais do século XV, é que se começou a conhecer
verdadeiramente o chá. Nesta época, as naus portuguesas traziam carregamentos
de chá até ao porto de Lisboa, ponto de onde, a maioria da carga, era depois
reexportada para a Holanda e a França. Portugal rapidamente perdeu o monopólio
deste comércio, apesar de ter sido um sacerdote jesuíta português o primeiro
europeu a escrever sobre o chá.
CURIOSIDADE: O uso do chá na Inglaterra é atribuído a Catarina de
Bragança, princesa portuguesa que casou com Carlos II da Inglaterra) e pode ser
situado cerca de 1660. Catarina patrocinava "Tea parties", onde o chá
passou a ser apreciado pelas mulheres e, posteriormente, daí passou a ser
também do gosto masculino. O chá era bebido em cafés e seu consumo foi
crescendo desde o final do século XVII, sendo que era bebido a qualquer hora do
dia até o início do século XIX, quando a tradição chá da tarde ("five
o'clock tea") foi instituída pela sétima Duquesa de Bedford em Londres. Ou
seja, o chá das cinco tão british,
afinal é bem português!!
Agora, será que bebemos o quê? Chá ou tisana? Pois, muitas
vezes o que apelidamos de chá afinal é tisana eheheheh...
O chá está dividido em três categorias principais: Preto, Verde e Oolong, diferenciando-se
pelo processamento das folhas.
Esta classificação está relacionada
ao chá preparado com folhas da Camelia sinensis, a verdadeira planta do chá.
Dentro de cada uma das categorias, há diversas misturas mais ou menos
conhecidas, como o Pekoe, Darjeeling ou Ceilão.
O chá branco foi introduzido recentemente no mercado português
dos chás, sendo feito igualmente a partir da Camellia sinensis, mas cujas
folhas são tratadas de forma diferente dos chás tradicionais. No entanto, existem
inúmeras outras plantas que se dedicam à preparação do “chá” ou, mais
precisamente, infusões ou tisanas. Também elas são muito agradáveis ao paladar
e podem ter propriedades medicinais.
A tisana é um tipo de infusão que consiste em adicionar ervas
medicinais a água a ferver durante cinco ou seis minutos num recipiente tapado.
Após esse tempo retira-se o recipiente do fogo, deixando descansar (ainda
tapado) por cerca de 15 minutos. A tisana está pronta a ser consumida, após ser
coada e colocada numa chávena.
"Chá de ervas" é
frequentemente utilizado para designar todas as infusões feitas a partir de
diferentes partes de plantas (não necessariamente ervas - casca, folhas,
flores, etc). Exemplos mais comuns: chá de camomila, chá de erva-cidreira, chá
de tília, chá de menta, chá de limão, chá de flor de laranjeira, etc.
No entanto, essas infusões são
tisanas e não rigorosamente chás, uma vez que o termo chá designa única e
exclusivamente a bebida preparada através da infusão de folhas, flores ou
raízes da planta Camellia sinensis (árvore de até 15 metros de altura nativa
das florestas do nordeste da Índia e sul da China) .
Assim, o que bebemos??!!?? Na
maioria?? Tisanas... Mas o que importa é que são boas, e que cumprem a sua
função: Aquecem-nos enquanto nos hidratam. Por isso toca a beber, seja chá,
seja tisanas, que importa...??!!??? Vamos é beber uma caneca dele bem quentinho
para nos aquecermos...
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